Evolução da maquiagem definitiva, técnica consiste em aplicar pigmentos na segunda camada da pele, de acordo com a cor da pele e formato do rosto
A sobrancelha é a moldura do olhar. Basta um pelinho faltando ou sobrando para desequilibrar a harmonia do rosto. Conforme os anos avançam, fica um pouco mais difícil domar nossas sobrancelhas, principalmente porque faz parte do envelhecimento a perda dos fios. Até pouco tempo atrás, as soluções estéticas para cobrir falhas e redesenhá-las eram poucas e os resultados um tanto artificiais.
Agora, produtos de maquiagem e técnicas mais avançados que oferecem uma finalização mais natural têm se popularizado no mercado. No entanto, há casos em que os lápis para sobrancelhas, por melhores que sejam, não dão conta de disfarçar as imperfeições. “Nesses casos, só a micropigmentação resolve', explica Tatiana Donadio, maquiadora, designer de sobrancelhas e micropigmentadora do Studio W Alphaville e da clínica de cirurgia plástica Roseli Cardinali.
Graças a celebridades como Angelina Jolie e Beyoncé, esse procedimento tornou-se a moda da vez. A micropigmentação, explica a especialista, é uma área ampla e pode ser aplicada do couro cabeludo às auréolas dos seios. No segmento estético, ela é uma evolução da maquiagem definitiva, graças ao aprimoramento dos pigmentos e das técnicas --é mais comum nas sobrancelhas, mas também pode ser utilizada no contorno dos olhos e dos lábios.
O processo mais moderno consiste em aplicar na derme (a segunda camada da pele) uma mistura de pigmentos hipoalergênicos com um aparelho chamado dermografo, que é semelhante a uma caneta e leva uma agulha na ponta. A diferença está na qualidade da aplicação, que simula fios realísticos em meio aos fios naturais e cria sombreados sutis na extensão das sobrancelhas. O resultado natural faz jus à fama.
Porém, a naturalidade depende de dois fatores. Um deles é a escolha das cores. “Levamos em consideração os tons da pele e dos fios. Esses pigmentos não causam a mudança na tonalidade, isto é, não avermelham nem se tornam azulados com o tempo', pontua Tatiana. Para determinar a cor, o profissional deve fazer um curso avançado chamado colorimetria, para identificar com mais precisão o pigmento adequado para cada um.
Outro fator decisivo é o desenho correto, “determinado a partir do visagismo, conjunto de traços, espaço da pálpebra, tamanho da testa, dos olhos e do nariz. A medição correta é feita com um paquímetro a partir da medida dos olhos', explica a micropigmentadora, também especialista em simetria facial e visagismo.
Primeiro, o procedimento é fotografo e, em seguida, faz-se um esboço do desenho com lápis de camuflagem. Se o cliente aprová-lo, aplica-se um anestésico no local e mãos à obra. A sessão dura cerca de uma hora a partir do processo de desenhar. Por conta dos anestésicos de boa qualidade, a dor é mínima ou inexistente. Trinta dias após a sessão, é preciso fazer um retoque. Cada sessão, nas mãos de Tatiana, custa R$ 1.632.
Em média, a pigmentação dura em torno de um ano e meio. Como o rosto sofre modificações conforme envelhecemos, o ideal é reavaliar, de ano em ano, o desenho e as cores. Já que é a harmonia do seu rosto que está em cheque, é importante, antes de tudo, escolher um profissional com certificado e cursos avançados. “Nós não paramos de estudar nunca, porque as técnicas vão evoluindo, e quanto mais se pratica, melhor fica o trabalho. Atualizar-se é fundamental!', afirma a especialista.
Aproveitem !!!
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